Heráldica
Brasão: escudo de prata, castelo de azul aberto e lavrado do campo, entre dois tufos de canas de verde, tudo movente de campanha de burelas ondeadas de azul e prata; em chefe, à dextra; cruz de Santiago de vermelho e, à sinistra, ramo de oliveira de verde, frutado de negro, com duas vergônteas laterais formando uma cruz. Coroa mural de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro em maiúsculas: “Canha”.
Bandeira: esquartelada de azul e branco. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo: nos termos da lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Canha-Montijo”.
História
Atribui-se o nome da localidade ao facto de existirem na região grande profusão de canas, daí o topónimo de Villa Nova de Canya.
Devido à sua excelente localização geográfica, atraiu desde longa data a fixação do homem, como atestam os diversos vestígios encontrados na proximidade da ribeira, datáveis do paleolítico. Do neolítico há a registar a existência de uma sepultura megalítica tipo cista. A presença de um castro neolítico também foi referenciada na região.
Do período da ocupação romana do território encontram-se vestígios da sua passagem por Canha, nomeadamente na área do Monte do Escatelar (propriedade privada) onde se encontra os restos de uma presumível “Villae”. De salientar a existência de um fragmento de mosaico policromo, atualmente inserido numa das habitações do monte e de diversos materiais cerâmicos.
Durante o período da reconquista, Canha aparece em 1186 como limite do Castelo de Alcácer do Sal e, posteriormente, com Cabrela e Belmonte faz parte das sentinelas avançadas que defrontavam os mouros. Pertencendo à cavalaria e mestrado de Santiago recebeu em 1235 Foral dado por D. Paio Peres Correia, comendador de Alcácer e, 17 anos mais tarde, em 1252, D. Aires Vasques concede à referida Ordem a igreja de Canha.
Com a reforma manuelina dos forais, Canha recebeu um novo foral em 1516. No entanto, em 1527, encontra-se incluída por doação ao futuro Cardeal D. Henrique no rol dos bens afetos à ordem de Santiago que serviam de sustento às Comendadeiras de Santos.
Possui autonomia administrativa enquanto sede de concelho do mesmo nome até 1838, data em que passou a fazer parte do concelho de Aldeia Galega, atual Montijo. No entanto, esta situação não foi pacifica uma vez que o concelho foi extinto pela primeira vez em 1836, por decreto de 6 se Novembro, restaurado por decreto de 2 de Janeiro de 1838 para, finalmente, em 17 de Abril de 1838, ser definitivamente extinto. Administrativamente continua a ter a categoria de vila, uma vez que a extinção do concelho não determina a perda do título.
Para a sua extinção e integração no concelho de Aldeia Galega terá contribuído o facto da maioria dos proprietários rurais da área serem residentes em Aldeia Galega ou na zona do seu concelho, pelo que não se justificava o pagamento de impostos noutro concelho que não fosse o da sua residência.
A freguesia é constituída por terrenos agrícolas, bastante férteis, que lhe conferem um caráter rural por excelência, o que se deduz também pelo facto de, em 1855, se terem perdido as searas devido às grandes enchentes da ribeira. Saliente-se também que é o único local do município onde se cultiva arroz.
Já neste século, Canha viu proclamada a república na noite de 4 para 5 de Outubro de 1910, bem como assistiu ao desmembramento da sua área para criação das freguesias de Santo Isidro, em 1957, e de Pegões, 1985.
Executivo
Presidente: Armando José Cardeira Piteira
Secretário: Urbano José Emídio
Tesoureira: Sónia Isabel de Sousa Nunes
Assembleia de Freguesia
Presidente: Vasco José Correia Maia
1º Secretário: Horácio José de Jesus Francisco
2º Secretário: Edgar Miguel da Silva Nunes
Vogal: Luís Miguel Afonso Dionísio
Vogal: Carlos Fernandes Bonito Lusitano
Vogal: Ana Sofia Rodrigues Isabel
Vogal: Carina da Conceição Cabaço Manuel
Vogal: Hélder Miguel Piteira Simões Aveiro
Vogal: Alexandra Sofia Pereira Carrilho