História
Alto do Seixalinho
I – Nota Introdutória
O Alto do Seixalinho, apesar de ter sido freguesia entre 1985 a 2013, tem a sua génese há vários séculos, com a construção do Convento da Madre de Deus da Verderena no século XVI.
A Freguesia do Alto do Seixalinho foi criada em 1985, através do Decreto-Lei nº135/84 de 4 de Outubro, conjuntamente com as Freguesias da Verderena, Coina e Santo António da Charneca.
A criação desta Freguesia teve como objectivo fundamental a resposta necessária às populações, com melhores serviços de proximidade. Desta forma foi ajustada a divisão administrativa para adequar as Autarquias às necessidades existentes, que hoje não só se mantem, como são ainda mais prementes com o envelhecimento da população e as dificuldades económicas e sociais.
Aquando da criação das Freguesias do Alto do Seixalinho a totalidade das forças políticas representadas na Câmara Municipal do Barreiro e na Assembleia Municipal do Barreiro votaram favoravelmente, logo por unanimidade, a criação desta Freguesia. Também as freguesias existentes à data - Barreiro, Lavradio, Santo André e Palhais – mostraram-se favoráveis a estas alterações administrativas.
De forma esclarecedora há cerca de um quarto de século foi votado favoravelmente a criação desta Freguesias, que entendemos hoje manter-se e até alicerçar-se, por maiores necessidades da população quer seja pelo seu envelhecimento, quer seja pelas fragilidades sociais e económicas.
II – Razões de ordem história
O Alto do Seixalinho tem a sua história baseada nas suas origens ligadas ao campesinato, apresentando-se o seu território, dividido por quintas, produtoras agrícolas de qualidade.
No século XVI é iniciada a construção do Convento Madre de Deus da Verderena, que ainda hoje é um marco arquitectónico da Freguesia.
Em 1861 com a chegada do caminho-de-ferro ao Barreiro e mais tarde com a produção industrial inicia-se a alteração rural para urbana da Freguesia do Alto do Seixalinho.
A partir da década de 60 do século XX, o Alto do Seixalinho torna-se densamente urbanizado, tendo desaparecido a sua componente rural que esteve na sua génese.
Hoje o Alto do Seixalinho é densamente povoado e com cariz esmagadoramente urbano.
III – Razões de ordem demográfica e geográfica
O Alto do Seixalinho, apesar da sua reduzida dimensão, 1,76Km2, é densamente povoado, com uma população de 19995 (2011).
Esta população teve um crescimento muito acentuado durante o século XX, com a passagem de uma freguesia rural, para uma freguesia urbana.
Localizada no interior do Concelho do Barreiro tem, do ponto de vista geográfico, uma forte marca identitária pelos serviços existentes, bem como pelos Bairros Sociais existentes, como o “Bairro da câmara”, “Bairro da Caixa” e “Bairro da CUF”.
IV – Actividades Industriais, Comerciais e Equipamentos
Neste território, estão implantados vários equipamentos de ensino e saúde, diversos consultórios particulares, alguns de medicina especializada, postos de análise e exames radiológicos, farmácias, o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, o Palácio da
Justiça desde o ano 2000, onde se encontram instalados diversos tribunais e os serviços do Registo Civil do Barreiro.
Neste território encontra-se, ainda, a Santa Casa da Misericórdia do Barreiro.
Possui, ainda este território, diversos jardins-de-infância, escolas do ensino básico e escolas do ensino secundário, públicas, privadas e de IPSS.
Do ponto de vista comercial existe uma forte componente, com comércio de qualidade com um mercado municipal, um mercado levante a funcionar duas vezes por semana.
V – Transportes públicos
O Alto do Seixalinho é servido de transportes públicos de qualidade, feitos como parte integrante de uma rede Concelhia dos Transportes Colectivos do Barreiro.
Há ainda a salientar que também o transporte urbano pesado, comboio regional, que serve o Alto do Seixalinho.
Santo André
I - Nota Introdutória
EM 1985 o Concelho do Barreiro através da Lei 135/85 de 4 de Outubro, viu o seu mapa redesenhado com a criação de quatro novas freguesias; Alto do Seixalinho, Coina, Santo António da Charneca e Verderena.
A criação destas quatro novas Freguesias corresponde não só às necessidades das populações para as quais tinham sido criadas anteriormente delegações, mas também com a necessidade de todas as forças políticas representadas à data na Câmara Municipal do Barreiro e na Assembleia Municipal do Barreiro.
As quatro freguesias existentes à data, na qual se inclui Santo André, também se mostraram favoráveis ao novo mapa administrativo.
Mas é necessário ir mais atrás; pois em 1973 a Freguesia de Santo André foi criada pelo Decreto-lei 547/73 de 25 de Outubro.
Desde cedo com a criação da Freguesia a população criou a sua identidade e foi cimentando esta identidade ao longo de quatro décadas.
Refere-se, ainda que, em 1995 a Freguesia de Santo André foi elevada a Vila no dia 21 de Junho.
Há ainda a salientar a importância que Santo André tem em termos de autonomia, pois não pertence ao perímetro da Cidade do Barreiro.
II – Razões de Ordem histórica
Falar de Santo André não poderá cingir-se ao século XX, nomeadamente a partir de 1973 com a criação da Vila de Santo André. Falar de Santo André é falar dos descobrimentos, é falar da construção de navios par a epopeia marítima nacional, é falar da Ribeira das Naus.
Santo André tem importância Histórica, não só para o Barreiro, mas também para Portugal, estando intrinsecamente ligado à descoberta de novos mundos, à descoberta de novas culturas, à primeira vez que existe uma verdadeira consciência global.
Um dos lugares emblemáticos, é a Telha Velha, ligada aos Descobrimentos. Este lugar já é referido em dois documentos do Mosteiro de São Vicente de Fora, datados de 1320, onde se refere a existência de vinhas, pelo que a história do lugar tem assim a sua origem em características rurais.
Durante o século XIV, em 1399, é feito um emprazamento pelo Convento da Graça de Lisboa, a um tal João de Monsanto, pelo foro anual de um tonel e meio de vinho e dois capões. Nos anos de 1411, 1412 e 1416, o mesmo emprazamento continua mas a diferentes foreiros.
No último quartel do século XV, encontram-se referências à constituição da Telha como agregado populacional. Em 1487, na carta de sesmarias do cabo da Praia, foi concedido a Afonso Vaz, sob a obrigação de o aproveitar para aí fazer marinhas de sal , documento esse outorgado pela Ordem de Santiago.
Em 1532 existiam na Telha 33 fogos com cerca de 150 habitantes, que só vem a registar um crescimento no início do século XVII, ou finais do século XVI.
O aumento demográfico estará relacionado com a instalação de um arsenal da marinha, o qual após a restauração da independência em 1640, sofre um grande incremento, notando-se um crescimento na construção de navios de guerra.
Durante o século XIX deu-se início a um período de instalação de diversas indústrias, como a fábrica da pólvora, a indústria da seca do Bacalhau, inserida na Parceria Geral de Pescarias de Bensaúde & Companhia.
O advento do comboio e da indústria, também tem influência sobre Santo André, com o crescimento urbano e com a diminuição do sector agrícola e piscatório. E então a partir do século XIX, mais propriamente com a chegada do comboio ao Barreiro, que também Santo André tem o seu crescimento. Depois foi a indústria corticeira e química que transformou por completo a paisagem de Santo André.
E em 1973 é criada a freguesia de Santo André, sendo que na última década do século passado, esta Freguesia passa a Vila com o colmatar da sua identidade.
Estamos historicamente, na presença de uma Vila com identidade própria, com uma marca identitiva que a distingue de todas as outras freguesias do Concelho do Barreiro.
III – Razões de ordem demográfica e geográfica
Em termos geográficos é essencial considerar que Santo André sendo uma freguesia urbana não fica integrada na Cidade do Barreiro, sendo mesmo uma Vila desde 1995.
A sua localização geográfica, banhada pelo Rio Coina, confere-lhe características únicas no Concelho do Barreiro. Santo André é uma vila com 4,18Km2 de área e 11 480 habitantes (2011); com uma densidade de 2746,4 habitantes por Km2. Há que considerar que a população de Santo André tem um crescimento acentuado durante o século XX, com o advento do desenvolvimento industrial e da chegada de meios de transporte (comboio).
IV – actividades Industriais e Equipamentos
Santo André tem um conjunto de infra-estruturas ao dispor da sua população: Infantários, escolas Básicas e escolas Secundárias, uma Unidade de Saúde Familiar, farmácias e uma estação dos CTT. Santo André tem um rico Movimento Associativo, com inúmeras Associações a promoverem actividades desportivas, culturais e recreativas para a população. Existem ainda, IPSS, um Centro comunitário, Lar de Jovens e Lar de Idosos. Existe também um Mercado Municipal com pouco mais de uma década que serve com qualidade as populações de Santo André e zonas limítrofes, bem como um mercado abastecedor.
Do ponto de vista industrial e comercial, há que considerar um parque industrial e inúmeras actividades comerciais que respondem às necessidades das populações.
V – Transportes Públicos
Santo André é servido de transportes públicos de qualidade, feitos como parte integrante de uma rede Concelhia dos Transportes Colectivos do Barreiro, que funciona 23 horas por dia, transportando a população de Santo André a todos os núcleos urbanos do Concelho do Barreiro, bem como aos terminais rodoviários, fluviais e ferroviários de acesso exterior do Concelho do Barreiro.
Verderena
I - Nota Introdutória
A Verderena teve a sua criação enquanto Freguesia em 1985, através do decreto-Lei nº135/84 de 4 de Outubro, conjuntamente com as Freguesias do Alto do Seixalinho, Coina e Santo António da Charneca.
Esta criação mereceu a aprovação de todas as forças políticas representadas na Câmara Municipal do Barreiro e na Assembleia Municipal do Barreiro. Não menos importânte foi a concordância das freguesias que existiam na altura anterior à criação desta Freguesia.
Foi a necessidade de um serviço público de proximidade para melhor servir as populações, que levou à criação da Freguesia da Verderena.
Hoje assistimos a maiores dificuldades na população, muito provavelmente superior às necessidades de 1985, com o envelhecimento da população e com a grave crise social e económica que afecta todo o país e também a Verderena. Assim, esta Freguesia tem todo o sentido que exista nos moldes que foram base para a sua criação em 1985.
II – Razões de ordem histórica
Apesar da sua criação administrativa ser feita em 1985, o lugar da Verderena já tem vida há muito mais tempo.
Apesar da sua criação em 1985, existe na história local, referência ao lugar da Verderena, não só no próprio Foral Concelhio, de 16 de Janeiro de 1521, mas também em outros documentos históricos.
Tal como o País e o Barreiro, a Verderena sofre profundas alterações a partir da chegada do comboio ao Barreiro na década de cinquenta do século XIX em primeiro, e depois, com a industrialização do Barreiro, com a indústria corticeira e mais tarde com a indústria química.
Com o século XIX chega o caminho-de-ferro, depois a indústria o que leva a que paulatinamente haja uma alteração da Verderena, passando de rural e piscatória para urbana.
Pela Verderena passa o caminho-de-ferro, existia indústria corticeira, uma fábrica de chocolates e até a Central Eléctrica Bonfim.
A par da industrialização vieram os trabalhadores e com estes a necessidade de construção, que teve o seu início, em grande parte na Verderena, nos anos sessenta do século passado.
Hoje apesar de não existirem as indústrias de outros tempos, temos uma morfologia urbana, com construção em altura, numa área totalmente urbanizada.
III – Razões de Ordem demográfica e geográfica
A reduzida dimensão da Verderena, 1,24Km2, não impede que seja densamente povoada, com uma população de 10 285 habitantes (2011), com uma densidade populacional de 8 294,4 habitantes por m2.
Esta população, junto de industrializações e do caminho-de-ferro e do transporte fluvial para a Capital, teve um crescimento muito significativo na segunda metade do século XX.
Localizada na frente ribeirinha da cidade do Barreiro, a Verderena tem como componente identitária a facilidade de mobilidade interna e externa ao Concelho do Barreiro, com um terminal rodo-ferro-fluvial.
IV – Actividades industriais, comerciais e equipamentos
A Verderena é servida de uma Unidade de Saúde Familiar, diversos equipamentos de educação, nomeadamente através de escolas do ensino público e privado.
Nesta Freguesia existem dois recintos desportivos para a prática de futebol 11 (Futebol Clube Barreirense e Luso Futebol Clube), dois Polidesportivos Municipais, um polo de Biblioteca Municipal, para além de três bibliotecas escolares.
Existe ainda um importante quartel dos Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, que serve mais de metade da população do Concelho do Barreiro, para lá de chamadas de urgência externas.
Do ponto de vista comercial e industrial há a salientar os diversos estabelecimentos comerciais de qualidade que dão emprego a centenas de trabalhadores, para lá dos serviços prestados à população.
V – Transportes Públicos
Esta Freguesia é bem servida de transportes públicos com três componentes. Em primeiro lugar, o serviço interno de transportes colectivos do Barreiro, em segundo e terceiro lugar as componentes ferroviárias e fluviais que permitem uma saída do Concelho através da Freguesia da Verderena.
Executivo
Presidente: Carlos Artur Raposinho dos Santos
Secretário: José Agostinho Henriques Ferrão
Tesoureiro: Nuno Manuel Lino Marques
Vogal: Pedro Jorge Rodrigues Pinto
Vogal: Andreia Filipa Dâmaso Bóia
Vogal: Marcos André de Brito Galado da Costa Grazina
Contactos
Morada: Rua Bartolomeu Dias, nº 7 A, 2830-040 Barreiro
Telefone: 212 091 553
Fax: 212 033 133
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Website: www.jf-assav.pt