Heráldica
De acordo com a Lei Nº 53/91, de 7 de agosto, as Freguesias têm direito à constituição e uso de símbolos heráldicos, que são os brasões, as bandeiras e os selos.
O executivo composto pelo senhor Presidente: Manuel Véstias, Secretário: João Paulo Vieira e Tesoureira: Sofia Costa, considerando que este projeto enobrecia a Freguesia e que é de extrema importância para a sua história, deliberou proceder à criação dos símbolos heráldicos, da Freguesia do Sado, em maio de 2011, pois o hastear da bandeira da Freguesia é um ato simbólico mas constitui a identificação de um povo e a afirmação da sua identidade.
Brasão: Escudo de vermelho, flamingo de prata entre duas ânforas do tipo romano, de ouro campanha diminuta de três tiras ondadas de prata e azul. Coroa mural de prata de 3 torres. Listel branco, com a legenda a negro: “SADO” Bandeira: branca. Cordão e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro. Selo: nos termos da Lei, com a legenda “Junta de Freguesia do Sado – Setúbal”.
História
A Freguesia do Sado tem uma área de 65,49 quilómetros quadrados e é limitada por uma linha que parte a nascente do limite do Concelho e segue pelo canal de Águas de Moura, canal da Vaia e estrada municipal nº 356, seguindo para sul até à linha do caminho-de-ferro que acompanha até ao apeadeiro em Praias do Sado, retomando para sul a estrada municipal nº 356 até ao cruzamento da Graça e estuário do Sado.
Esta Freguesia de origem recente nasceu da necessidade de estrutura correta da Freguesia de S. Sebastião e também pela distância a que as populações destes lugares se encontravam da sede da Freguesia, fato que havia conduzido à criação de uma delegação da Freguesia na Quintinha do Meio em 25 de Abril de 1984.
A Freguesia do Sado foi criada pelo Decreto-Lei nº 113/85 de 4 de outubro e inclui três núcleos urbanos diferenciados Praias do Sado, Stº Ovídio e Faralhão.
A Freguesia do Sado tem caraterísticas semi-urbanas, tendo a agricultura e a pesca alguma expressão na região, e engloba a Península de Mitrena, onde se situa um vasto parque industrial.
Atualmente a aquicultura é uma atividade económica em franco desenvolvimento, explorando as caraterísticas excepcionais do Estuário do Sado para a prática desta atividade económica.
No Faralhão existe um povoado neolítico que permitiu a recolha de espólio lítico e cerâmico.
Na península da Mitrena, no lugar de Santo António verificou-se o achado de fragmentos cerâmicos pré-históricos, aparentando semelhanças com o Faralhão. Estes achados apontam para uma ocupação do local desde o Neolítico Final. Entre esta época e a romanização escasseiam os vestígios que possam esclarecer as formas de ocupação da zona.
Na época romana a Freguesia do Sado encontrava-se incluído na Civitas de Saláci (Alcácer do Sal) que pertencia ao Conventus Pacensis (Beja). A ocupação árabe da região foi muito forte, não se conhecendo no entanto vestígios materiais da sua presença na área da Freguesia.
Na época medieval a principal ocupação económica da região era a extração de sal, atividade que, segundo Virgínia Rau, remonta, para esta zona, à Segunda metade do século XII.
Na Freguesia do Sado localizam-se duas antigas ermidas que remontam ao século XVI.
Uma situa-se no lugar de Santo António, na Mitrena, trata-se da Ermida de Santa Catarina, à qual existem referências documentais datadas de 1758.
Desta ermida subsiste apenas a fachada, as suas paredes laterais foram, ao que se sabe, desmontadas para proceder à construção de uma casa agrícola próxima. O edifício era construído sobretudo com tijoleiras.
A outra ermida era dedicada a Stº Ovídio e situava-se no lugar do mesmo nome. Foi construída para dar lugar à construção de um conjunto de vivendas. Do seu espólio subsiste um crucifixo em bronze.
Dos inícios do século XVII é o Moinho da Mourisca, que após obras de reconstrução, foi inaugurado e aberto ao público em 1995. Na área da Freguesia existe também um outro moinho, conhecido localmente por Moinho Novo.
O conhecimento da Freguesia nos finais do século XIX é baseado no levantamento topográfico elaborado pelo Major José Maria das Neves Costa, que foi realizado entre 1816 e 1823.
As atividades piscatórias no Rio Sado têm permitido a recolha ocasional, de peças cerâmica. Do conjunto conhecido destacam-se alguns exemplares de ânforas romanas, fabricadas na região do Sado datadas do período entre os séculos II a IV d.C..
Nos inícios do século XX começou o povoamento contemporâneo da área atual da Freguesia.
As primeiras famílias instalaram-se aqui, ainda durante o período da Monarquia. A euforia dos primeiros anos de vida republicana trouxe outras famílias. Estes moradores eram oriundos sobretudo da região de Proença-a-Nova, Castelo Branco. O crescimento da zona foi, no entanto, pouco significativo até à década de 40.
A principal ocupação económica até aos anos 60 foi a apanha de ostras no rio Sado e o seu tratamento até à fase de exportação, atividade que levou à deslocação para esta zona de muitas famílias provenientes de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém.
A instalação de duas grandes empresas na década de 60 (Setenave e Sapec) veio alterar esta situação e lançou o desenvolvimento da Freguesia.
Atualmente a aquicultura é uma atividade económica em franco desenvolvimento, explorando as caraterísticas excepcionais do Estuário do Sado para a prática desta atividade económica.
Com costumes e tradições diferentes, os habitantes foram formando várias associações de caráter cultural e recreativo, contando atualmente com dois ranchos folclóricos, sete associações desportivas e culturais, uma cooperativa de habitação, um grupo motard e uma IPSS.
Para além do património histórico da Freguesia do Sado a localidade possui ainda um valioso património natural estando grande parte do seu território inserido na Reserva Natural do Estuário do Sado.
Na Freguesia existem santuários de aves límicolas, aves adaptadas para recolher os seus alimentos em níveis de água muito baixos.
Exemplos destas aves são os pilritos, maçaricos e alfaiates que se alimentam basicamente de crustáceos, larvas e outras, espécies abundantes nos sapais e salinas que lhes oferecem para além do alimento locais de abrigo propícios para a passagem do Inverno moderado caraterístico do estuário, fugindo assim aos rigorosos Invernos nórdicos.
Os flamingos e várias espécies de patos utilizam as condições da região para repousarem durante as suas migrações para África.
Uma espécie já rara é a águia sapeira que se alimenta de algumas das espécies anteriores e de outras perniciosas à população como os ratos, no que são acompanhadas pelos falcões pederneiras e corujas das torres.
Atividades Económicas: Indústria naval e papeleira e química, aquicultura, indústria de extracção de sal, agricultura e pescas.
Outros Locais de Interesse: Povoado Neolítico do Faralhão, Moinho Novo e Moinho de Maré da Mourisca, Ermida de Stª Catarina, Lugar da Mourisca (Salinas) e sapais.
Gastronomia: A intensa atividade piscatória que existe em Setúbal, faz com que os pratos típicos desta região, sejam confecionadas à base de peixe e marisco. Na Freguesia do Sado, o rio e todo o seu estuário é muito rico em peixe, servindo de maternidade para muitas espécies. Esta riqueza potencia a nossa gastronomia, sendo de destacar os seguintes pratos típicos: Ensopado de enguias; enguias fritas; choco frito; arroz de marisco; a caldeirada à Setubalense e vários pratos confecionados à base de peixe grelhado, em que a sardinha merece um lugar de destaque.
Vinhos da Região: O concelho de Setúbal não é muito rico em vinhos, sendo que vinhos consumidos são diversos e de várias regiões, sobressaindo em termos de consumo os vinhos da região de Palmela e recentemente a produção vinícola e o fabrico de vinho da Freguesia denominado “Almas do Sado”.
Artesanato: O artesanato da Freguesia do Sado tem sido alvo de algum desenvolvimento nos últimos anos. Em 1999 a Junta de Freguesia do Sado fez um levantamento sobre os artesãos e o artesanato existentes, chegámos aos seguintes dados:
Existem cerca de 20 artesãos que executam trabalhos em áreas tão distintas como: Bordados; ponto cruz; bordados em madeira; trabalhos em lantejoulas; pintura em porcelana; arranjos florais; trabalhos em escamas de peixe; pintura em cerâmica; trabalhos em estanho; pintura a óleo sobre terra; trabalhos em madeira; miniaturas de barcos da região; arte aplicada; arte trimensional; pintura em areão e pintura em vidro.
Festas e Romarias: A expressividade cultural e religiosa da população da Freguesia manifesta-se durante todo o ano através de:
Festa da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima do Faralhão e Praias do Sado – Além das festas litúrgicas ao longo do ano, tem particular relevo a festa da padroeira, Nossa Senhora de Fátima, com procissão de velas, tríduo preparatório e pregação. Esta festa religiosa decorre no segundo fim-de-semana do mês de Maio, é também nesta festa que se realizam as Primeiras Comunhões das crianças.
A procissão de velas consiste no percurso das ruas principais entre as duas localidades, transportando a imagem de Nossa Senhora de uma igreja para a outra, permanecendo em cada igreja até à próxima procissão.
Festival de Folclore do Faralhão – É organizado pelo Grupo de Danças e Cantares Regionais do Faralhão e que decorre em junho ou julho.
Festival de Folclore de Praias do Sado/Setúbal – Organizado pelo Rancho Folclórico de Praias do Sado, realiza-se em Setúbal e decorre no mês de julho. O Rancho Folclórico de Praias do Sado participa em vários festivais e eventos culturais realizados no país e no estrangeiro, para além de ser presença habitual nas Marchas Populares de Setúbal.
Festa do Moinho de Maré da Mourisca – Realiza-se em parceria com o movimento associativo das Freguesias do Sado e de Gambia, Pontes e Alto da Guerra, estando nela representada a vida cultural, desportiva e religiosa desta região. Decorre no último fim-de-semana de agosto. Decorre sob a égide da Festa das Tasquinhas, com início em 2000, é já a maior expressão cultural e gastronómica da Freguesia do Sado.
Executivo
Presidente
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Pelouros
Administração Interna; Recursos Humanos; Informação e Comunicação; Obras; Ambiente; Espaços públicos e espaços verdes; Descentralização de Competências; Segurança pública e proteção civil; Toponímia; Finanças; Cultura e Turismo; Iluminação pública; novos projetos; Inter-Freguesias; Atividade Económica; Assembleia de Freguesia
Secretário
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Pelouros
Vice-Presidência; Administração Secretaria; Movimento Associativo; Iluminação Pública; Desporto; Juventude; Ação Social; Sinalização de trânsito; Certificação do conteúdo das atas; Certificação mediante despacho do presidente dos atos que constem dos arquivos da Freguesia
Secretária
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Pelouros
Educação; Saúde; Transportes Públicos; Arrecadação de receitas; Pagamento das despesas autorizadas; Escrituração dos modelos contabilísticos da receita e da despesa com base nos respetivos documentos assinados pelo Presidente
Contactos
Morada: Rua Cooperativa de Habitação da Sapec Quintinha do Meio
2910-327 SETÚBAL
Telefone: 265 783 016
Fax: 265 793 746
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URL: www.jfsado.cjb.net